quinta-feira, 20 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Start the revolution inside your own heart

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

un tuffo nell'assoluto

Sabbia del mare, del deserto
Sabbia della strada:
Dimmi dove mi porti, che ti porto io.

domingo, 25 de setembro de 2011

I lost my words, one by one.
They got stuck in my mind,
not able to feel alive and make me smile
I see my life pass by
Can't hold time.

An early bird.
Singing alone, inside nature, indeed happy
What I can create is not the truth,
but
What I feel is strong and
Moves me along
I don't fear darkness or the bright sun
I lost my words
But I kept my beating heart.

domingo, 28 de agosto de 2011

O tempo passa, impaciente com a preguiça do passageiro, postulando sobre pseudo verdades, permanentemente parado diante do próprio reflexo, procurando certezas, pesquisando fontes de felicidade, apropriando-se de vida alheia, ponderando entre certo e errado, peregrinando entre pensamentos, poluindo corações, petrificando almas, perpetuando discórdia e azar. Repaginado velhos hábitos, pondo-se acima ou abaixo de outros, repleto de por menores e pobre desse desavisado que chega entre a podridão desse mundo achando-se pacificamente satisfeito.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

sunshine's tears

see how far away your mind can travel
when you just let yourself go.
not been aware of place or even time.
emptiness in your mind and open eyes.
just keep looking at the sun until it fires you out.
fly away with one single thought.
inside your soul/mind you have no body to border.
no more pain to feel.
you were born to be free.

let it guide you through your unconscious.
sofrer vamos todos, mas nem por isso deixamos de viver.

sábado, 9 de julho de 2011

pena é soberba.
ciumes é baixa auto estima.
apatia é envelhecer.
fidelidade é se cegar.
bom senso é morrer aos poucos.
indiferença é se esquecer
brigar é não pensar
grosseria é cuspir no prato que comeu.
apagar é camuflar.
deixar pra la é medo.
mentira é facilidade.
e facilidade é o caminho mais curto pro fim

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Bicho homem

O bicho homem é um bicho estranho,
se diz livre, desapegado e rei da selva.
Se vê rico.
Não acha felicidade em mercado, e amor comprado é frio-triste.
Ele fez casa, armário, grades e tvs. Comida rápida, Internet rápida e rapidinhas na escada. Afinal de contas, o bicho homem sabe dizer "tempo é dinheiro".
Asfaltou o chão de terra, colocou quatro rodas sob um amontoado de ferro para chegar, rápido, no destino.
Mas esqueceu-se do caminho e de abaixar o vidro pro neguinho.
Casou-se com modelos anoréxicas desejando a suburbana.
Pois ela sim sabe e não tem vergonha de que é um bicho.
Que copula, vive em bando e vira caça.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Prazer, Ana

Insegura, falida. Despida em choros.
Quando ela chega, fico apática. Anemica.
Minhas calças caem. Não, não é você, Lola.
Elas caem é de magreza.
Ela tem paranóias. Se sente na fabula do ratinho e da jibóia.
Caçada. Amaldiçoada.
Seus desejos? Casamento. Família e um bom orçamento.

à deriva

deslocada, fora do ar. Excluída do meio. Sendo empurrada discretamente para a sarjeta. Centrimetro apos centrimetro. A minha dança da aceitação é desajeitada e vejo olhares desaprovadores, suplicantes pelos meus erros. - Retire-se - dizem eles, - Nao te queremos, não precisamos de ti. - Vou a chão. Agarro-me a barra da calça do meu fuzilador, lágrimas pretas escorrem, - espere, posso mudar, vou me adequar ; serei o que todos esperam de mim. - Ele dá de ombros. Seus olhos só para o dever dele. Nos meus manifestos passados de alternatividade cuspi-lhe no rosto provando o quão diferente eu era. Agora ele se vinga. Me joga e desaprova. Por rancor de amor desgraçado.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Adeus, Ofélia.

Meu coraçao me fazia flutuar,
tocando músicas de paixao.
Mas tudo isso foi caindo ao chao,
como folhas do outono que vai vingar.

Como essas arvores fiquei,
despida de cor.
Como um animal com dor,
desapontei e magoei.

Congelada por sentimentos, vivendo entre fantasmas.
Como pedra por dentro, sobrevivendo de lembranças.

Quanto medo de ficar só.
Nunca faltou amor ou calor
E agora, tudo virou pó.

Tive tantos risos amargos e soluços amassados,
chorei acompanhada das pessoas erradas,
e sozinha por algumas amadas.

Mas, agora, entendi meu medo.
E fiquei rindo de desprezo,
diante de tanta melancolia.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vire a pagina

Aceite-me com imperfeições,
como aquele livro velho sem capa.
Aquele com as folhas amareladas e pedaços perdidos.
Não tente me dar uma nova capa, remendar os meus defeitos
ou colar os pedaços.
Não importa se você me der um aspecto limpo.
De quente de livraria.
A data de impressão sempre será a mesma.
O começo e o fim, também, sempre os mesmos.
O livro já esta escrito. Sempre esteve.
Não te resta nada mais do que sentar e ler.

Certos livros não são diários.
Não são feitos de lacunas onde completamos com palavras.
E não serão livros infantis para se colorir.
O meu A-Z já esta completo.

Não se engane.
Ao me achar na rua e pensar que pode me consertar.
Me dar uma vida nova.
Não me coloque na tua estante e não me encare com o olhar de quem acredita ter diante de si algo que vai se encaixar.

Minhas paginas estão fadas a se perderem pelo caminho,
você não vai querer ser aquele a recolhe-las.
Pronto a me recompor no meio do vendaval.

Olhe para mim, veja o que eu realmente sou.
O que de verdade sempre fui.
Algo com defeitos,
os quais não se camuflam ao desenrolar da historia.
Uma hora ou outra tudo despenca pela gravidade.
Leias as minhas pagina, se divirta com os meus contos,
apaixone-se pela heroína.
Mas não se deixe enganar, heroína também é uma droga.

Mas a historia é real e no meio de tantas palavras,
havia uma frase que dizia “eu te amo”.

sábado, 14 de agosto de 2010

O mundo desperdiça tempo, perdido em seus dias sonolentos,
Com pessoas se enfiando na depressão do não pelo sim.
Estamos nos afogando em mares de corações despedaçados.
A espera de que alguém venha nos salvar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A tragédia me consome

Você as nao vezes se sente cansado? De lutar todos os dias? De acordar de manha e saber que você tem todo um dia pela frente e depois dele virao outros e mais outros, e você os vivera sem a menor ideia do por que de os estar vivendo, o do por que você nasceu e tem a vida que tem e que quando isso tudo acabar você ira simplesmente virar espuma como nas lendas de sereias. Chego a achar isso tudo irônico. Toda uma existencia e ninguém la de cima tem a decência de ter uma mísera explicativa conversa com você. Isso tudo se parece as minhas aulas de quimica, onde meu professor vomitava cinquenta minutos de formulas e formulas e eu nao nada entendia. E esse nem era o pior, e sim o fato que eu nao entendia o por que de estar ali, sentada, copiando o que ele escrevia no quadro, nao entendo ainda o por que de acordar todas as manhas para ir a escola, sentar-me e ver diversas coisas que nao me interessavam, para depois ter de decora-las,pois nao basta simplesmente entende-las, deveria tambem reproduzi-las fielmente um mes depois sobre um papel cheio de perguntas que se intercalavam entre estupidas e sem sentido e outras cheias de pagadinhas. Para assim mostrar, que alem de horas pela manha sentada, tambem passei tardes sentada no quarto estudando ainda mais para poder provar que sabia, que sei ainda mais do que algum outro. E entao passar no vestibular, entrar em uma boa faculdade e ter na minha frente mais cinco anos de vida sentada, para ser mais uma vez engolida por disciplinas e mais disciplina. Em quanto isso, uma vez por semana irei em uma alguma festa da faculdade para acabar com o meu figado, zuar com bixos em trotes, o qual ira repetir o mesmo exemplo quando a vez dele chegar. Me formarei em uma grande festa de seis mil reais por cabeça, a qual durara menos de cinco horas e terei enchido a cara e chorado imaginando o meu futuro dourado. Conseguirei um bom trabalho de dez horas diarias onde me esforçarei em conseguir mais duas, para assim ter uma conta rechonchuda no banco. Nesse meio tempo encontrarei a mulher da minha vida, e iremos acreditar que seremos eternos apaixonados, ela engravidara, engordara e enrugara. E irei reparar na empregada quinze anos mais nova do que a mulher que jurei amar e respeitar. Nesse meio tempo meus filhos irao mal na escola e terao problemas com drogas. Descobrirei um cancer no estômago, ficarei sabendo que a hipoteca da casa nao era la grande coisa. Trabalharei mais e mais, esquecerei que tenho familia e que filhos pedem mais do que uma grande mesada. E um belo dia vou morrer dentro de um belo carro, no meio de um transito caótico, vitima de uma tentativa de assalto relampago e entao, finalmente virarei espuma dentro de um oceano de por ques.

sábado, 26 de junho de 2010

A liberdade da dor

Ela a procurava tanto, por todos os lados, em todas as pessoas e na falta delas também.
Procurou entre garrafas semi vazias, bitucas de cigarros, banheiros femininos sem luz por onde passou afim de descobrir um pouco mais do que é ser jovem.
Mas o que ela mais gostava de fazer era correr. Correr para chegar do outro lado da linha. Correr para nao ter vontade de olhar pra tras.

Ela queria o depois. O momento que vira assim que ela fosse virar a proxima pagina. Passava de um copo a outro, de um amor a outro, de um papelote a outro. O futuro so lhe interessa se viesse como um tornado.


O que ela queria era sentir-se sem freio.
Pronta a desabar pela ribançeria.
Jogar-se de uma ponte, e dar de cara com a agua gelada do rio Sena.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pedaços de uma carta

Vo,

(...)
Você nao acha isso incrivel na vida? Nos somos baseados em lembraças, em coisas que vivemos, e nos esquecemos da maioria delas. E' como se elas fugissem de nos se escondecem, se camuflassem; eu poderia perder todas elas, uma a uma, num caminho interminavel de esquecimento e ainda assim as possuiria. Elas sao impossivels de serem lembradas pra sempre, e sao tambem, impossiveis de serem apagadas, e sao elas que fazem a nossa essencia.
E na minha essencia tem voce.

(...)
Se o universo me desse um presente, seria o de sentar na sua frente, durante um tempo infinito, em um lugar inexistente, e entao, te escutaria como nunca escutei ninguem, escutaria cada minuto detalhado da sua vida, cada pensamento que você ja teve e que você tera, e olharia pra voce e entao decoraria o teu rosto, as tuas expressoes, saberia o que te faz sorrir, pelo que voce chora, com o que voce sonha todas as noites.

(...)

domingo, 25 de abril de 2010

Pensamentos carnais

"Dois corpos suados que se encostam delicadamente
Calados ao som de seus coraçoes descompensados
Um beijo com gosto de pos-desejo que se abre em um sorriso pacificado."


"A tua boca que beija minha testa
Tua boca que faz a festa pelo meu corpo
A tua ansia que me deixa tonta
A tua vontade a qual nao nego e me entrego.

Na simplicidade do meu ser, de te querer.

Meu beijo nas tuas costas,
Minha mao no teu peito,
Minha fala que chama e te vira pra minha boca.
Dizendo, te quero. Agora.

Mas so agora."

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ahh, como os detalhes me encantam!

Um passarinho que cisca,
Uma criança que brinca
Alguns galhos que dançam pelados ao comando do vento.

O riso envergonhado,
O sorriso dividido,
O piscar de olhos galanteador.
A lagrima disfarçada,
O musculo tensionado
Um arrepio suave,
O cheiro da pele nua.

Uma mao que se pousa nas costas, discretamente.
Um pequeno e quase superfluo jogo de palavras,
Um beijo que se afunda no meu ombro.
Palvras espaçadas, o andar lento.
A falta da pressa!

Nao, o abrupto nao! Nem a força, rapida e esmagadora.
Mas sim a calma da vida.
Hoje, eu quero o sorriso despretencioso!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Waking Life - Filme

Se o mundo é falso e nada é real, então tudo é possível.
A caminho de descobrirmos o que amamos, achamos o que bloqueia nosso desejo.
O conforto jamais será confortável.
Um questionamento sistemático da felicidade
Corte as cordas vocais dos oradores carismáticos e desvalorize a moeda para confrontar o familiar.
A sociedade é uma fraude tamanha e venal que exige se destruída sem deixar rastros.
Se há fogo, levaremos gasolina.
Interrompida a experiência cotidiana e as expectativas que ela traz.
Viva como se tudo dependesse de suas ações.
Rompa o feitiço da sociedade de consumo, para que nossos desejos reprimidos possam se manifestar.
Demonstre o que a vida é e o que ela poderia ser. Para imergirmos no esquecimento dos atos.
Haverá uma intensidade inédita. A troca de amor e ódio, horror e redenção.
A afirmação tão inconsequente da liberdade que nega o limite.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Às vezes eu falo com a vida

A chuva, o vento, o escuro e o caminho.
Tudo em harmonia,prontos a destruir a minha franja com chapinha, quebrar o meu guarda-chuva e me deixar em sopa. E não só pra isso.
Um começo de noite, onde necessito caminhar para chegar no abrigo de minha casa.
Uma mãe que está indisponível pra me salvar do aguaceiro, e uma carona recusada.
Tudo começa com o vento, que vem a baixo e me empurra, quase me fazendo parar e me deixando descabelada. As folhas, que sobem, descem e se mexem como se dançassem prontas a virarem índios e pedir que venha a água.
O vento brinca com as minhas pernas, passa pelo meu ombro e toca a pele do meu braço. Sinto frio, mas o tempo esta quente. E então, quase sutilmente me encontro de novo. Vejo o presente como se flutuasse e encontrasse a resposta do estar vivo. E em tudo o que consigo pensar é em nada. Uma lágrima chega aos meus olhos, uma frase a minha boca, e nesse misto de entusiasmo enxergo que as coisas estão certas, vou viver o que eu quis e serei feliz buscando os meus sonhos.
A chuva cai. Entra na minha sandália, molha os meus dedos, as minhas costas, o vento brinca loucamente com meu guarda-chuva. Luz e som descem dos céus enquanto atravesso uma praça repleta de árvores e penso, as pessoas que morrem eletrocutadas por um raio morrem onde? Olho para o topo da árvore central, seus galhos balançam, suas folhas criam vida e me esqueço de mortes, desastres e do medo. Um homem em um carro para e fala alguma coisa, eu não escuto e sigo adiante, sem medo, sem preocupações. Estou segura, a vida está do meu lado, e quando ela não mais estiver, eu estarei do lado dela.
Subo a rua de casa, alguém dentro de um bar joga um cigarro consumido no meio da avenida. Então, me dói o coração, vejo um latão de lixo ao lado de suas pernas, vejo o lixo na rua vagar inerte até o bueiro mais próximo, esse pequeno ato me lembra do lado negro de ser um humano. Atravesso a rua, e piso em uma poça, o frio da agua acumulada me lembra o que eu sentia antes, e compreendo, que por enquanto é necessário o ruim, para que o bom exista.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Detalhes

A água cai, gotas de nuvens pretas.
Entre carros com destinos e passageiros confusos.
Eu olho e vejo vida, vida que nunca vi antes
As gotas correm pelo vidro, seguidas pelo vento.

Elas não sentem as batidas do meu coração,
Elas não ouvem os meus pensamentos,
e não veem as minhas lágrimas.
Não só elas.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Decifra-me ou te devoro

Ser... Segundo o dicionario aurélio: Ficar, tornar-se; Consistir em; Significar; Custar; Ser natural de; Pertencer; Ser próprio, convir; Existir.
Eu fiquei louca, uma tarde. E não parei mais. Tornei-me uma vadia louca, na decência desse termo. O que consiste em muito mais também. Isso significa, não tão ruim quanto já vi serem , mas não tão boa quanto deveria ser. Custou-me muitas coisas, custou-me um irmão, a credibilidade da minha mãe, e a minha inocência. Isso foi natural de minha idade, ou não. Pertenci a um mundo desconhecido, que cheira a cores verdes. Foi de minha própria vontade e gostei. Hão de convir que é interessante.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sem mais

Esse querer sempre mais.
Essa tal de revolta ao olhar-se no espelho e pensar que você pode mais.
Que você precisa de mais.

Eu não quero ser a melhor, a mais inteligente, a mais rica.
Eu não quero me matar de estudar pra passar de oito a doze horas por dia trabalhando pra manter uma casa de quatro quartos, piscina e uma geladeira enorme.
Eu não quero ter uma conta no banco rechonchuda.
Não me interesso por marcas caras, por carros importados, e por competição.

Estou satisfeita com um apartamento minúsculo, com um passe de metro, e comer em um restaurante de esquina.
E fazer o que eu gosto, trabalhar no que eu quero, e viver do meu jeito.

A minha felicidade não esta a venda, meu respeito não está exposto em uma vitrine e não acho justiça na liquidação.

domingo, 20 de setembro de 2009

Just do it

Esse texto não vai falar sobre mim. Vai falar sobre pessoas. Vou falar da minha mãe, que muitas vezes ultrapassa a linha entre a tranqüilidade e o stress, mas sempre volta, com muito amor e pedidos de desculpa em forma de lagrimas. Vai falar sobre meu pai, tão longe, tentando estar perto e ao mesmo tempo não conseguindo nenhum dos dois. Vai falar sobre uma atriz, uma pessoa grandiosa, e tão simples, daquelas que você olha e sabe do que são feitas. Sobre uma menininha que tem tudo e ao mesmo tempo não tem nada. Sobre uma mulher perdida dentro dos seus sonhos. Sobre um garoto maravilhoso que tem um moletom preto. Sobre uma garota linda e magra que não reconhece isso. Sobre outra garota que tem muitos problemas e a cada dia faz de conta que não tem nenhum. Sobre uma outra garota que viu as coisas mudarem, e não sabe o que fazer, e por isso chora. Sobre duas amigas que já se juram amor eterno e por tantos desentendimentos jogaram todo um futuro e um passado a favor de um presente em silencio. Sobre uma garotinha que encanta a todos, mas que não sabe encantar a si mesma. Vai falar sobre uma professora que é mãe, e vê seus alunos como máquinas prontas a desistir de sua vida em prol de um conhecimento doentio, e que tem filhos que não se ajustam. De uma mãe que criou à sua semelhança uma mulher que terá um futuro diferente do dela. Sobre pessoas que eu nem conheço direito mais que eu sei da vida, dos segredos, de tudo.
Quer saber de uma coisa? Segredos não existem. Todo mundo sabe de tudo. A questão é, se você quer, se você acredita, se você deseja ou se você estava doidona de mais pra pensar em conseqüências, saiba, que nada é pra sempre, no fim tudo vem a tona e tua fama cai. Mas quem é que em um mundo de doentes realmente se preocupa com certo ou errado? Com moral? Ou com o amanha?
Na verdade, o que realmente seria o certo? E o errado? Pra você o que seria moral?
Pra mim o que importa é lucidez; aquela que te faz pensar nos teus atos, não pensar como as pessoas querem que você pense. Pensar se é isso o que você quer pra você. Quer sair por ai batendo em todo mundo? Então saia, só não sai por que viu isso em algum filme, ou por que você tava chapado. Quer dar? Dê, mas não dê por que te forçam a isso, dê por que você quer, quantas vezes você quiser e com quem você quiser e não ligue para o que falarem, pode te certeza que mais da metade das pessoas gostariam de estar fazendo o que você fez, só não tem coragem de mandarem o mundo ir cuidar de suas próprias vidas. No fim das contas, fazer o que você quer é a melhor opção, só se lembre que independente do que você fizer, existem as conseqüências. Saiba lidar com elas, e se não souber, não faça nada.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Triste fim de Policarpo Quaresma - Livro

"(...)
Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha feito ele da sua vida?
Nada.
Levara toda ela atras da miragem de estudar a patria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara sua mocidade nisso. A sua virilidade também; e, agora que estava na velihce, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condencorava?
Matando-o.
E o que não deixara de ver, de gozar, de fluir, na sua vida?
Tudo.
Não brincara, não pandegara, não amara - todo esse lado da existencia que parece fugir um pouco a sua tristeza necessária,
ele não vira,
ele não provara,
ele não experimentara.
Desde os dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades.
Que lhe importavam os rios? Eram grandes?
Pois que fossem.
Em que lhe contribuia para a felicidade saber os nomes dos heróis do Brasil?
Em nada...
O importante é que ele tivesse sido feliz.
Foi?
Não.
Lembrou-se das suas cousas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas...
Restava disso tudo em sua alma um satisfação?
Nenhuma!
Nenhuma!"

Lima Barreto

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

A loucura está nos olhos de quem vê

Todos os dias, um cara desce a minha rua assoviando bem alto.
Minha mãe diz que é um bebado, um louco, sem nada pra fazer a não ser encher o saco!
Eu penso, que loucos somos nós, que gastamos tempo com futilidades mas não entendemos um pedido de atenção.
No meio de toda aquela barulheira, ele pede ajuda. Ele não quer comida, dinheiro, um emprego. Ele quer que uma nação de surdos, cegos e mudos desviem-se da televisão e se deem conta que o mundo precisa deles.
Coitado, minha mãe diz que ele é um louco.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Inimigos Públicos - Filme

- Não estão acostumados a ver uma garota nesse tipo de restaurante com um vestido tão barato.
- Ouça, boneca, é porque lhes importa de onde vem as pessoas. Pra mim, o que mais importa é pra onde vão as pessoas.
- Pra onde você vai?
- Pra onde eu quiser.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Seven - Filme

- Você se queixa, reclama e me diz estas coisas. Se acha que está me preparando para horas difíceis, agradeço, mas...
- Mas você tem que ser um herói, você quer ser um campeão. As pessoas não querem campeões. Querem cheeseburguers, jogar na loteria e ver TV.
- Como você ficou assim? Quero saber.
- Bem, não foi uma coisa só, te asseguro.
- Prossiga.
- Não acho que posso continuar vivendo em um lugar que abraça e cultiva a apatia como se fosse uma virtude.
- Você não é diferente, nem melhor.
- Eu não disse que era, não sou. Olha, sou simpático, simpatizo totalmente. A apatia é a solução. É mais fácil se perder em drogas que lidar com a vida. É mais fácil roubar que trabalhar pra ter. É mais fácil bater que educar uma criança. O amor custa caro, requer esforço e trabalho.
- Estamos falando de doentes mentais, de assassinos loucos.
- Não estamos.
- Sim, estamos!
- Não, estamos falando do cotidiano. Você não pode ser tão ingênuo.
- Não fode. Está vendo? Você devia ouvir o que você diz. É você diz que o problema é que as pessoas não se importam. Então eu não me importo com as pessoas. Bobagem, sabe por que?
- Você se importa?
- Quer saber? Eu me importo.
- Você fará a diferença.
- Tanto faz, a questão é que você não para de falar isso porque acredita no que diz. E quer que eu concorde e diga: “Tens razão. É tudo uma merda, uma bagunça. Devíamos todos ir morar numa cabana no mato.” Mas não direi, não direi isso. Não concordo com você. Não concordo. Não posso. Vou pra casa, mas agradeço.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Reticências

(...)
- ...
- Eu to aqui toda hora, independente de você estar ou não, eu tô toda hora, pra você, certo?! Independente de beijar na boca ou não, estou toda hora pra te ouvir e te aconcelhar nos melhores lances que eu acho, por que eu acho que você é uma das minhas melhores am... umas das melhores pessoas que eu conheço, então eu vo ta aqui sempre, pela consideração que eu sempre tive por você, é isso ae.
- ...
(...)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Soy loco por ti America

Um País que fez eu dar valor a minha patria.
Venci medos, conheci uma cultura diferente e antiga,
Me encontrei em meio aos Andes.
Fui adulta por vinte dias,
Mas como diz minha mãe
"É fácil ser adulta com o dinheiro dos outros"

Contra-mão

Enquanto minha mãe não acredita na cura da humanidade, eu digo que ela mente.
Enquanto mulheres procuram um grande amor, eu me entrego a diversão.
Enquanto fiéis procuram através de doações encontrar a salvação eu sei que fazer o bem é a melhor opção.
Enquanto você tenta esconder teus erros, me mostro despida de morais e cheia de defeitos.
Enquanto o mundo quer receber, eu me disponho a dar.
Não me vendo, não me queixo. E não me encaixo nos teus sonhos!
Meu afeto não tem patrão.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ouro de tolo - Música

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada cheia de dentes
Esperando a morte chegar

Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador.

Raul Seixas