sábado, 26 de junho de 2010

A liberdade da dor

Ela a procurava tanto, por todos os lados, em todas as pessoas e na falta delas também.
Procurou entre garrafas semi vazias, bitucas de cigarros, banheiros femininos sem luz por onde passou afim de descobrir um pouco mais do que é ser jovem.
Mas o que ela mais gostava de fazer era correr. Correr para chegar do outro lado da linha. Correr para nao ter vontade de olhar pra tras.

Ela queria o depois. O momento que vira assim que ela fosse virar a proxima pagina. Passava de um copo a outro, de um amor a outro, de um papelote a outro. O futuro so lhe interessa se viesse como um tornado.


O que ela queria era sentir-se sem freio.
Pronta a desabar pela ribançeria.
Jogar-se de uma ponte, e dar de cara com a agua gelada do rio Sena.

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