quarta-feira, 25 de maio de 2011

Adeus, Ofélia.

Meu coraçao me fazia flutuar,
tocando músicas de paixao.
Mas tudo isso foi caindo ao chao,
como folhas do outono que vai vingar.

Como essas arvores fiquei,
despida de cor.
Como um animal com dor,
desapontei e magoei.

Congelada por sentimentos, vivendo entre fantasmas.
Como pedra por dentro, sobrevivendo de lembranças.

Quanto medo de ficar só.
Nunca faltou amor ou calor
E agora, tudo virou pó.

Tive tantos risos amargos e soluços amassados,
chorei acompanhada das pessoas erradas,
e sozinha por algumas amadas.

Mas, agora, entendi meu medo.
E fiquei rindo de desprezo,
diante de tanta melancolia.